Existe limite de idade para fazer uma cirurgia plástica? Sabemos que esse procedimento é aplicado como reparação ou com objetivo estético, inicialmente, sem restrições de idade.
Em todos os casos é essencial considerar as condições de saúde do paciente antes da realização do procedimento. Na prática, pessoas de várias idades costumam buscar por correções para a face, abrangendo as pálpebras e outras regiões do corpo como o abdômen, mamas e até as pernas.
Neste artigo falaremos mais sobre esse assunto e o conceito de aplicação de cada procedimento.
A cirurgia plástica no Brasil
O nosso país é o segundo país que mais realiza procedimentos de cirurgia plástica em todo o mundo, perdendo apenas para os EUA, considerando os dados da ISAPS (Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética).
No Brasil, a procura por procedimentos estéticos cirúrgicos e não cirúrgicos tem crescido cada vez mais como forma de amenizar ou postergar o processo de envelhecimento e poder melhorar a autoestima da pessoa.
Muitas vezes o paciente pode sentir desequilíbrio entre a aparência e seu estado emocional. Em muitos casos, mesmo tendo uma genética favorável e a adição de uma alimentação saudável, os sinais de envelhecimento podem aparecer, sendo a cirurgia plástica a única alternativa para determinados tipos de correções e manutenção do rejuvenescimento.
As cirurgias mais realizadas
Considerando os dados da ASAPS (Sociedade Americana de Cirurgia Plástica) de 2018, nos EUA 12% dos pacientes que realizaram procedimentos de cirurgia plástica tinham idade acima dos 65 anos.
O procedimento mais realizado foi a cirurgia das pálpebras ou blefaroplastia, depois a cirurgia da face e a lipoaspiração.
Porém, no Brasil e nos EUA, a realização da cirurgia plástica tem sido recomendada com critérios referentes ao estado mental, psicológico e ao quadro de saúde do paciente, sem a existência de limitação de idade ou tipo de operação a ser aplicada.
Desde que o paciente apresente condições clínicas positivas e compatíveis com a cirurgia o procedimento poderá ser realizado.
Com quantos anos pode fazer cirurgia plástica?
Em primeiro lugar, o que deve indicar se o paciente deve ou não realizar o procedimento cirúrgico é a condição de saúde, além de outros detalhes
como saber se o paciente fuma ou ingere bebida alcoólica, além de apresentar doenças crônicas como diabetes, tireoide e pressão alta.
Geralmente, o médico responsável pelo procedimento solicita ao paciente a realização de exames prévios para uma avaliação completa para tornar o procedimento mais seguro.
Segundo dados do IBGE, a quantidade de pessoas com mais de 65 anos que procuram a realização de procedimentos estéticos aumentou nos últimos anos, com a expectativa de que as pessoas com idade acima de 65 anos será de cerca 60 milhões de pessoas e com expectativa de vida para acima dos 80 anos em 2060.
Sendo assim, nos próximos quarenta anos, a realização de cirurgia plástica se tornará cada vez mais comum para gerar um processo de envelhecimento saudável.
Por outro lado, além da alteração ou correção estética é importante investir na saúde mental, praticar atividade física, ter vida social ativa e buscar envelhecer com mais qualidade de vida.
Sabemos que, além do fator estético, esse tipo de cirurgia pode melhorar a qualidade de vida do paciente, podendo remover flacidez, excesso de gordura e prevenir surgimento de doenças.
A cirurgia plástica na terceira idade
Considerando as orientações da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, os procedimentos mais procurados pelos pacientes na terceira idade são a blefaroplastia que se refere ao procedimento aplicado nas pálpebras, lifiting facial, abdominoplastia e mamoplastia.
Dessa forma, podemos considerar que a idade não limita as opções, pelo fato do paciente estar sendo recomendado a realizar uma cirurgia eletiva que, em muitos casos não é um procedimento cirúrgico obrigatório.
Porém, esse tipo de cirurgia torna-se desaconselhável quando o indivíduo apresenta algum tipo de condição ou doença pré existente que possa comprometer o quadro cirúrgico e o processo de tratamento.
Riscos para o idoso
Sabemos que a idade pode ser considerada um risco para a saúde do indivíduo considerando a comorbidade e a gravidade de uma doença já existente.
Mesmo que seja comum a ocorrência de um declínio fisiológico em pacientes na faixa etária acima dos 60 anos, possíveis sequelas referentes a este declínio podem gerar um resultado negativo mesmo nos casos de cirurgias eletivas.
Geralmente, em caso de múltiplos casos de comorbidades, podem ocorrer resultados negativos em todos os procedimentos. Em determinados casos é solicitada uma cuidadosa revisão de todos os medicamentos prescritos ao paciente e verificar se há uso de determinados medicamentos que possam comprometer a realização do procedimento e seus resultados.
Em relação à anestesia, a ASA (Sociedade Americana de Anestesiologia) é indicado quantificar o risco de uso de anestesia considerando o nível de severidade de determinadas comorbidades e o procedimento apresentado ao paciente.
Avaliação
Em todos os casos, seja para pacientes jovens, adultos ou idosos, é importante, além de se preocupar com quantos anos pode fazer cirurgia plástica, verificar e quantificar o nível de comorbidades antes de realizar a operação.
Mesmo quando grande parte das cirurgias são eletivas, é importantíssimo avaliar as condições clínicas do paciente.
Em casos de anemia
Quando o paciente apresenta quadro de anemia em tratamento, é importante que haja um acompanhamento clínico no caso de um procedimento quase obrigatório a ser realizado, pois a anemia se refere à deficiência de glóbulos vermelhos causada pela falta de ferro no organismo o que interfere na quantidade de oxigênio necessária para o processo de cicatrização pós-cirúrgico o que poderia retardar o processo de recuperação.
Conclusão
Portanto, antes mesmo de saber com quantos anos pode fazer cirurgia plástica, é importante se preocupar com as condições de saúde física e mental do paciente.
As cirurgias plásticas são hoje, procedimentos bem modernos que oferecem poucos riscos aos pacientes, mas, independente da idade é
essencial realizar uma avaliação clínica completa sobre o estado de saúde do paciente, seja no caso de um procedimento urgente ou eletivo.
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